No Brasil, marca francesa carece de opções para famílias
A Renault inglesa passou a oferecer um novo pacote de equipamentos para a gama Scenic e Grand Scenic. O chamado Bose Pack adiciona um sistema de áudio da marca Bose, como o nome sugere, além de pequenas modificações visuais para distinguir a versão do restante da linha.
São novas as rodas em liga leve de 17 polegadas, retrovisores externos sempre pintados em preto e adesivos Bose nos paralamas dianteiros. Por dentro, a minivan ganha ar-condicionado dual zone, sensores de estacionamento na frente e atrás, console central deslizante e porta-óculos próximo ao motorista. Os preços começam no equivalente a R$ 54.430, mais de R$ 4 mil a mais que a versão topo de linha Dynamique.Enquanto isso, no Brasil a Renault segue uma estratégia cujo sucesso é difícil de visualizar. Após anos de sucesso, a Scenic fabricada aqui deixou de ser oferecida, ao ficar obsoleta (assim como Chevrolet Zafira e Citroen Xsara Picasso, ainda à venda) e não poder contar com uma substituta à altura de suas boas vendas nos tempos áureos. A geração anterior da Gran Scenic europeia chegou a ser importada entre 2007 e 2009, mas o alto preço fez com que as vendas fossem tímidas.
Agora, a única opção de familiar na linha brasileira é a Megane Grand Tour, já em fim de vida, tratada com desdém pelas concessionárias da marca. O modelo tem excelente relação custo/benefício, ao ter o preço reduzido para a faixa dos R$ 45 mil, para concorrer com as stations compactas, e uma farta lista de equipamentos de série que inclui airbags frontais e ABS. O conjunto é empurrado pelo eficiente 1.6 16v com 115 cv quando abastecido com etanol.
Entretanto, o lançamento do Fluence - sem versão station - põe em xeque a longevidade da Grand Tour. A Renault parece ter deixado de lado as famílias brasileiras que ficaram órfãs da antiga Scenic e se viram obrigadas a sair da marca, que parece a desinteressada - ao menos nos próximos meses - a oferecer alguma novidade no segmento.
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