Monday, February 21, 2011

Panamera 4 é radical e amigo do bolso

Teste:Panamera 4 é radical e amigo do bolso  
Versão mais simples e barata do Panamera é tão emocionante como qualquer Porsche


                A Porsche já apresenta os sintomas de ser uma marca controlada pelo Grupo Volkswagen. Como o projeto do grupo alemão é dominar o mercado mundial até 2018, todos têm de se esforçar para ganhar mercado. Um bom exemplo é o cupê de quatro portas Panamera. O modelo era oferecido apenas com motores V8 somente em versões caríssimas: 96 mil euros na versão S e 104 mil euros na 4S, com dupla embreagem e tem tração integral. Mesmo assim conseguiu emplacar mais de 10 mil unidades no mundo logo no primeiro ano de comercialização.
Mas a ideia é conseguir vendas ainda melhores. E a saída foi desglamourizar um pouco o carrão. Foram lançadas duas novas versões com motorização V6 de 300 cv, chamadas de Panamera e de Panamera 4, que custam até 20% menos que as versões V8 equivalentes – 77 mil euros e 86 mil euros, respectivamente.

                O mais interessante dos novos Panamera é certamente o 4. Apesar da considerável perda de potência, de 400 cv para 300 cv, ainda é um Porsche em sua plenitude. O desenho se manteve o mesmo das versões mais caras, com linhas inspiradas nos esportivos da marca. O perfil baixo e os quase dois metros de largura dão ao carro porte e presença. Por fora, a única indicação de que o carro usa o motor V6 é a ausência do emblema S junto ao nome do modelo na tampa traseira. O motor é produzido na fábrica da marca em Zuffenhausen, na Alemanha, e tem 3.6 litros, injeção direta de gasolina, 300 cv de potência e 40,7 kgfm de torque. A perda de dois cilindros representou cerca de 40 kg a menos no peso total do motor, redução que se reflete no consumo do carro. O conjunto é suficiente para levar o carro aos 100 km/h em 6,1 segundos e aos 257 km/h de velocidade máxima.

                Em relação às versões V8, o carro perdeu alguns equipamentos como a suspensão adaptativa a ar, e passa a utilizar um sistema independente nas quatro rodas e amortecedores de rigidez variável. A Porsche mantém o sistema a ar como opcional. O câmbio do Panamera 4 é sempre automatizado de dupla embreagem e sete marchas, e a tração é integral. O Panamera está à venda no Brasil desde setembro de 2010 apenas nas versões com motor V8, a S, 4S e a Turbo, de 500 cv. Os preços começam em R$ 549 mil para o S, R$ 599 mil para o 4S e R$ 749 mil para o Turbo.





Primeiras Impressões


Força da razão

  A princípio, os mais exigentes poderão pensar que um Porsche Panamera 4, equipado com um motor 3.6 V6 de 300 cv e 40,7 kgfm de torque não será tão interessante quanto um Panamera 4S, que traz o 4.8 V8 de 400 cv e 50,9 kgfm. Só que a marca alemã não brinca em serviço, principalmente no que diz respeito à engenharia, e o convívio com a mais barata das versões com tração integral do sedã de luxo acaba por se revelar uma ótima surpresa, por esta se mostrar a escolha mais racional da gama para quem não exige a força (e o custo quase exorbitante) da variante Turbo de 500 cv.

                Um dos fatores que mais contribuem para esta conclusão reside na frieza dos números: apesar de serem maiores as diferenças nos valores anunciados pela Porsche, o fato é que, o Panamera 4 pouco perdeu para o 4S nas acelerações, beneficiado por um peso 40 kg inferior e de um reescalonamento da transmissão, que recebeu uma relação final mais curta. Já nas retomadas, fica um pouco mais distante da versão V8 de tração integral, mas ainda assim nada muito significativo. A única diferença mais marcante é a velocidade máxima, que no Panamera 4 é de 257 km/h – as versões mais potentes chegam a 282 km/h, na 4S, e a 303 km/h na Turbo.

                Em estrada aberta, o Panamera 4 mostra sua real vocação. A caixa de dupla embreagem e sete marchas – única disponível – cumpre exemplarmente a sua função, a direção é precisa e os freios transmitem a confiança necessária para se “atacar” os traçados mais sinuosos de uma forma única para um automóvel deste porte, com uma notável agilidade e capaz de proporcionar um prazer de condução raro para um carro de 1820 kg e praticamente cinco metros de comprimento.








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